sábado, 28 de junho de 2008

Fragilidade

Estou apenas a 62ºC da evaporação.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

National Geographic

Noto uma certa tendência minha para utilizar aqui algumas imagens retiradas de colegas de trabalho. São apenas observações inocentes que me distraem das rotinas do dia-a-dia. Não sou pessoa que goste de cortar na casaca dos outros, mas por outro lado, o meu feitio atento não me deixa ficar indiferente às repetidas passagens de um cachalote do interior alentejano com uma franja loira em riste.

Arroz de “seralhe”

Lembro-me sempre de um peixe qualquer cada vez que oiço a minha colega ao telefone a informar: “O documento será-lhe enviado por correio”

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Experiência

Será que o cão de Pavlov apita se acenarmos um pouco de comida a uma campainha?

Eu cheiro o teu almoço e tu ouves a minha música, estás a perceber ó meu ganda cão de Pavlov?

Tenho um vizinho que me empesta a casa com cheiro a peixe grelhado sempre que está bom tempo ao fim de semana. Cá do segundo andar, vejo-o a chinelar entre o quintal e a sua casa com pratos de fanecas e pimentos. Quase sempre decido irritá-lo com a melhor selecção de free jazz que tenho para lhe condicionar a refeição. Será que ele saliva se ouvir a música fora das refeições?

terça-feira, 17 de junho de 2008

Ervilhas

No dia em que o mundo acabar vou desconfiar que foi uma colega minha que o engoliu.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

O fardo de uma herança

O filho do Roberto Leal há-de chamar-se sempre Filho do Roberto Leal.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Dúvida existencial

Serão os suinos e os marrecos resultado do cruzamento entre marroquinos e suecos?

sábado, 7 de junho de 2008

Bronze

Regresso de férias e verifico que já não tenho aquele tom de pele branco esverdeado que se ganha no Inverno à custa de muita falta de sol. O resultado de uma semana e meia de boa praia traduz-se agora para um raro verde-escuro.

domingo, 1 de junho de 2008

1 cêntimo cada desejo

No meio do jardim há um pequeno lago com uma fonte em forma de estrela. Através da água turva consigo ver o fundo coberto de moedas. Levo a mão ao bolso, encontro uma moeda de dois cêntimos e de olhos semi-serrados formulo os meus desejos: "Quero manter a presença de espírito necessária para continuar a acreditar que um desejo não se realiza desta maneira... e já agora gostava de conseguir tirar aquela moeda de dois euros no fundo do lago sem ser apanhado pelo segurança. Dáva-me jeito para pagar meia hora de net no hotel."